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quarta-feira, março 12, 2014


Buenos Aires em 5 dias - Parte 1

Como falei para vocês ontem, fui para Buenos Aires no carnaval.
Como ainda não conhecia a cidade, pesquisei bastante, montei um mini roteiro e quero compartilhar algumas dicas bem legais para quem vai passar alguns dias nas terras porteñas.

Buenos Aires é como o Rio. Uma metrópole enorme que tem de tudo: bairros boêmios, botecos, restaurantes comuns, restaurantes top de linha, lojas legais, lojas de produtos básicos...

Dinheiro
Há duas hipóteses: levar dólares ou comprar pesos aqui no Brasil. Eu comprei numa casa de câmbio em Copacabana chamada Taviva. A cotação estava ótima! Se levar US$ ou até mesmo R$, dá para trocar ainda no aeroporto, na saída do desembarque. A taxa pode não ser a mais atraente, mas pelo menos não terá notas falsas. Aliás, cuidado com as notas que os taxistas dão de troco, há muitas reclamações sobre troco falso. Leve sempre dinheiro trocadinho.

Em geral, as lojas e os restaurantes recebem, além de pesos, dólares e reais. O cartão de crédito também é bem aceito. Acho que eles até parcelam “sin interes”, ou seja, sem juros. Caso o dinheiro acabe, é possível sacar nas caixas 24 horas, que lá são identificadas pela bandeira “Link”. Pelo menos quem tem conta no Banco do Brasil consegue sacar.

Casa Rosada


É o palácio presidencial deles. Bem bonita em termos de arquitetura. Em frente, tem a praça onde aconteceu de tudo na conturbada vida política da Argentina nas últimas décadas. Tem muitos pombos! Como é meio afastada do centrão e meio deserto, é melhor visitar durante o dia.



Puerto Madero
O antigo porto recuperado para fins turísticos. Excelente revitalização urbana de uma área degradada, reúne restaurantes um pouco mais caros e alguns até meio turísticos. O ideal é ir no final da tarde, passear, ver no que o porto do Rio poderia se transformar (mas o nosso prefeito já disse que “a classe média pode esquecer, não teremos um Puerto Madero aqui no Rio”, muito em função da Petrobras, que não quis abrir mão do porto do Rio como apoio às operações off shore. Droga!



 Enfim, o ideal é pedir para o taxista (sim, só dá para ir de táxi, é um pouco longe para ir a pé) parar perto da Ponte de la Mujer, ir no final de tarde para ver ainda de dia, depois curtir a noite caindo e depois jantar em um dos restaurantes locais. Jantamos no La Parolaccia. Bem bom.  Fuja do “Siga la vaca”, é de uns brasileiros e já foi fechado pela vigilância sanitária de lá. Há várias opções legais por lá, inclusive um de comida patagônica, muito bom mesmo, mas que é caro. Os outros são razoáveis em termos de preço.

Calle Florida
É a rua Uruguaiana dos portenhos: tem de tudo, do caro ao barato. Cuidado com eventuais “encontrões” (sim, também há esse tipo de golpe lá) e com as bolsas (mas acho que é mais tranquilo que aqui). Há muita, mais muita, gente oferecendo de tudo, artigos de couro, shows de tango, restaurantes, passeios, city tours, enfim, cada um decide se topa ou não. E não adianta fingir que não é turista: os argentinos percebem pelas roupas, pelo jeito de falar, de andar etc. então o melhor é assumir que é, dizer “gracias” para todos e seguir em frente.

Galeria Pacífico




Na própria Florida fica o principal shopping deles: a Galeria Pacífico. Não esperem um Rio Sul e nem um Barra Shopping. É bem mais simples. Mas tem uma arquitetura antiga interessante (reparem lá dentro no teto da abóboda, uma pintura estilo afresco italiano) e várias lojas legais. Há uma praça de alimentação legal, tipo as nossas, com preços acessíveis (ou seja, pode ser uma boa opção par o almoço no meio das compras) . Há também uma loja da MAC bem na entrada! Comprei um batom por aproximadamente R$60.

Caminito e Estádio do Boca 



Ficam numa área meio portuária, um “barrio”, como eles dizem, pobre. Portanto, vá de táxi (ou city tour, como fizemos). O Caminito em si é uma sucessão de casinhas coloridas, bem modestas. É legal, mas basta ir uma vez. Bem perto, está “La Bombonera”, o estádio do Boca Juniors. Não é preciso fazer o passeio “guidado”, basta pagar e ir nas arquibancadas. Não fomos no Boca, apenas no Caminito mesmo.


Café Tortoni



É a Confeitaria Colombo dos argentinos. Um bar/restaurante muito antigo, que está lá do jeito que era – literalmente uma volta ao passado. Lá dentro, nem considerei a comida ótima – mas a alma argentina, melancólica, está ali, impregnada nas paredes. Enfim, um must go.




Ah! Não vá com pressa!!! Tem fila na porta e é meio demorada, rs.

Na fila...



Feira de San Telmo



Feira de antiguidades. Mas não fique achando que só há sopeiras da vovó ou gramofones. Tem de tudo! Objetos de decoração, panelas, brinquedos, roupas, sapatos, bolsas, chapéus, anéis, colares, dinheiro antigo... Aos  domingos a feira é na pracinha central, mas o entorno também tem vários antiquários (esses sim são bem caros, mas também têm objetos top). Há apresentações de mágica, música ao vivo, retratistas, etc. Fomos pela manhã e lá ficamos até a tarde. Ah! A estátua da Mafalda fica lá. Aos domingos tem uma boa fila para tirar foto com ela. Já durante a semana é bem mais traquilo.

Custo de vida
Falando em preços, a Argentina ainda é bem barata para nós. Dá para fazer muitas comprinhas sem gastar tanto!



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